07-17 10:45Vis. 5803
A Copa América Feminina enfrenta graves problemas estruturais que prejudicam o desenvolvimento da competição. A organização proíbe as seleções de aquecerem no gramado antes dos jogos, com a justificativa de estádios que abrigam duas partidas consecutivas. Essa restrição afetou diretamente o Brasil, impedindo o técnico Arthur Elias de avaliar adequadamente a jogadora Kerolin, que sentiu um incômodo físico, resultando em mudança na escalação.
Relatos indicam que as condições vão além: no jogo entre Brasil e Bolívia, as duas seleções foram obrigadas a dividir o mesmo espaço para ativação, gerando conflito. Além disso, a seleção brasileira recebeu uma sala de aquecimento significativamente menor que a da Bolívia. Com o aquecimento no gramado proibido, esse espaço inadequado tornou-se a única opção.
A jogadora Ary Borges denunciou publicamente as condições, comparando a organização a "jogos de várzea". Ela destacou a disparidade com a Copa América Masculina e descreveu o espaço de aquecimento como minúsculo (10/15 metros quadrados) e com cheiro de tinta, questionando publicamente o presidente da Conmebol. O problema não é isolado, com relatos anteriores, como o de Gabi Zanotti em 2024, reclamando do transporte em outra competição sul-americana.
Diante da perspectiva de sediar a Copa do Mundo Feminina em 2027, o primeiro na América do Sul, a falta de palcos adequados e divulgação eficiente nesta Copa América é vista como um entrave ao fortalecimento da modalidade na região. A Conmebol é apontada como responsável por estas falhas organizacionais.
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