Zabarnyi exigiu saída «do russo» do PSG e não se relaciona com Safonov

Ucrânia e França enfrentam-se esta sexta-feira em Wroclaw, Polónia, no início do Grupo D da qualificação europeia para o Mundial 2026.

Illia Zabarnyi, defesa ucraniano de 23 anos contratado pelo PSG ao Bournemouth por 63 milhões de euros, lidera a defesa da Ucrânia. A sua contratação trouxe tensão ao balneário do PSG devido à sua exigência de que o guarda-redes russo Matvey Safonov (contratado por 20 milhões ao Krasnodar) não permanecesse no clube.

Denis Boyko, ex-companheiro de Zabarnyi, revelou que o defesa solicitou a saída de Safonov como condição para assinar pelo PSG. No entanto, o guarda-redes russo mantém contrato até 2029 e permanece como suplente, já que o clube não pode rescindir o seu vínculo.

Zabarnyi afirmou publicamente que não mantém relações com russos devido à guerra em curso, referindo-se a eles como "agressores". Comprometeu-se a interagir profissionalmente com Safonov nos treinos, mas defendeu o isolamento do futebol russo no cenário internacional.

Safonov, cuja seleção está suspensa pela UEFA devido à invasão da Ucrânia, recusou-se a comentar as declarações do colega. Especula-se sobre um possível regresso do guarda-redes à Rússia, ao Spartak de Moscovo, o que deixaria o PSG com opções limitadas para a baliza.

A tensão manifestou-se também nas redes sociais: Zabarnyi não seguiu Safonov no Instagram, e a sua mulher, Angelina, publicou mensagens agressivas contra russos no Telegram antes de as eliminar.

Luis Enrique, treinador do PSG, defendeu o desporto como ferramenta de união, embora a posição de Zabarnyi seja clara: em 2023, o defesa admitiu ter considerado juntar-se à luta armada, mas optou por continuar a jogar futebol para alertar o mundo sobre a situação na Ucrânia.